Cochonilha corante: a verdade por trás do pigmento natural mais usado

Cochonilha corante: o inseto que dá cor a alimentos e remédios
Cochonilha

O Cochonilha corante é a surpreendente origem de um dos corantes naturais mais usados no mundo. Você sabia que aquele sorvete rosa , o iogurte colorido ou até mesmo alguns remédios vermelhos podem ter sido tingidos com um corante extraído de um inseto esmagado chamado cochonilha ?

Isso mesmo! O famoso carmim de cochonilha , usado em produtos alimentícios, farmacêuticos e cosméticos, é obtido a partir da fêmea do inseto Dactylopius coccus , uma espécie de cochonilha vermelha cultivada especialmente para esse fim.

Apesar de soar estranho à primeira vista, o uso do corante cochonilha é legalizado por normas internacionais — incluindo as do Brasil — e considerado seguro para consumo humano.

Mas como surgiu essa prática? Por que ainda hoje ele é amplamente utilizado? E será que faz mal?

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Vamos desvendar tudo isso agora!

O que é a cochonilha corante e como ela funciona?

A cochonilha corante não é apenas mais um inseto. É uma fonte natural de cor vermelha intensa, usada há séculos por povos indígenas e hoje reaproveitada pela indústria moderna.

O processo começa com a coleta das fêmeas grávidas da cochonilha vermelha , que são secas e moídas para extrair o pigmento chamado ácido carmínico . Esse líquido é então transformado em pó ou líquido e usado como corante cochonilha em diversos produtos.

“É uma das poucas alternativas naturais para substituir os corantes sintéticos”, afirma Dra. Carla Mendes, bioquímica da USP.

Esse carmim de cochonilha é responsável por dar cor a bebidas energéticas, balas, sorvetes, iogurtes e até maquiagens.

Como o corante é extraído da cochonilha?

  • Coleta: Os insetos são retirados manualmente das plantas onde vivem (geralmente do tipo Opuntia ).
  • Secagem: As cochonilhas são expostas ao sol ou submetidas a calor artificial.
  • Mistura: São mergulhadas em água quente com ácido para liberar o corante.
  • Filtração e concentração: O líquido é purificado e transformado em pasta ou pó.

História do carmim de cochonilha: do Império Asteca aos dias de hoje

Antes de ser conhecido no mundo todo como corante cochonilha , esse vermelho intenso já era usado pelos astecas e maias há mais de 1000 anos.

Na época pré-colombiana, os nativos utilizavam a cochonilha vermelha para tingir tecidos, fazer maquiagem e até rituais religiosos. Com a chegada dos espanhóis, o corante foi levado para a Europa, onde se tornou luxo na moda e pinturas renascentistas.

Hoje, o extrato de cochonilha ainda é produzido principalmente no Peru, Canárias e México — lugares com clima ideal para o cultivo desses insetos.

Por que o carmim de cochonilha voltou a ser popular?

Nos últimos anos, houve uma busca crescente por ingredientes naturais. Muitos consumidores estão fugindo de corantes artificiais, como o vermelho 40 , associado a alergias e comportamentos hiperativos em crianças.

E é aí que entra o carmim de cochonilha . Ele é:

  • Natural
  • Estável
  • Não tóxico
  • Aceito por reguladores mundiais

Além disso, o corante cochonilha tem durabilidade superior em produtos líquidos e sólidos, o que o torna uma opção viável para a indústria.

Onde encontramos o corante cochonilha nos alimentos?

O carmim de cochonilha está presente em vários produtos que você provavelmente já comprou:

  • Sorvetes de morango
  • Iogurtes frutados
  • Sucos artificiais
  • Balas e chicletes
  • Bebidas energéticas
  • Produtos lácteos coloridos

Ele também pode estar presente em:

  • Maquiagens
  • Batons
  • Remédios revestidos com cor vermelha
  • Cremes dermatológicos

No rótulo, geralmente aparece como “carmim”, “ácido carmínico” ou “E120” — este último é o código europeu do corante.

Exemplos reais de marcas que usam cochonilha corante

  • Starbucks (já usou em bebidas, mas mudou recentemente)
  • Nestlé
  • Danone
  • Coca-Cola (em algumas versões de sucos)

Apesar de existirem alternativas vegetais, como beterraba e suco de cereja, o carmim de cochonilha ainda é preferido por sua estabilidade e brilho superior.

O corante cochonilha faz mal à saúde?

Essa é uma pergunta comum — afinal, estamos falando de um corante feito a partir de insetos esmagados .

Segundo a ANVISA e a FDA (agência reguladora dos EUA), o carmim de cochonilha é seguro para consumo humano. No entanto, pessoas com alergias específicas podem ter reações adversas.

“Para a maioria das pessoas, não há risco. Mas recomenda-se atenção para quem tem histórico de alergias alimentares”, alerta Dr. Luiz Fernando, nutricionista clínico.

Também há críticas por parte de veganos e vegetarianos, já que o processo envolve o uso de animais.

Como combater cochonilha nas plantas – e como ela é cultivada

Embora seja útil industrialmente, a cochonilha também é uma praga agrícola. Quando infesta plantas ornamentais ou culturas comerciais, pode causar danos significativos.

Principais tipos de cochonilha que atacam plantas:

  • Cochonilha branca
  • Cochonilha parda
  • Cochonilha farinhenta
  • Cochonilha marrom
  • Cochonilha muladeira

Como combater a cochonilha em plantas:

  • Inseticida caseiro para cochonilha branca : misture óleo de cozinha e detergente em água e pulverize nas folhas.
  • Melhor inseticida para cochonilha : óleo mineral ou neem.
  • Veneno caseiro para cochonilha branca : álcool isopropílico diluído.

Para os produtores de cochonilha corante , o foco é manter os insetos saudáveis e bem alimentados, sem usar pesticidas que possam interferir na qualidade do corante.

Curiosidades sobre a cochonilha corante

  • Para produzir 1 kg de carmim de cochonilha , são necessários cerca de 70 mil insetos.
  • A cor varia conforme o pH do meio: em ambiente ácido, fica vermelho vivo; em básico, tende ao roxo.
  • A cochonilha de carapaça é outra espécie comum, mas não é usada como corante.
  • O extrato de cochonilha pode ser usado como indicador natural de pH em laboratórios.

Conclusão: cochonilha corante é futuro ou passado da indústria?

Mesmo parecendo algo do passado, o carmim de cochonilha continua sendo uma escolha inteligente para muitas empresas que buscam substituir corantes sintéticos por opções naturais.

Seja por tradição, eficiência ou segurança, o corante cochonilha mostra que nem tudo o que vem de insetos é ruim — pelo contrário, pode ser incrivelmente útil.

Então, da próxima vez que você vir um iogurte rosa ou um batom vermelho brilhante , talvez valha a pena lembrar: aquela cor tão viva pode ter vindo de um pequeno inseto criado em uma fazenda distante.

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