A partir de 2027, alimentos no Texas podem vir com este aviso perturbador

Texas exigirá alerta em produtos com aditivos proibidos no exterior. Descubra quais alimentos serão afetados e o que isso pode significar para o Brasil.

Você já parou para ler a lista de ingredientes de um pacote de salgadinho, um refrigerante ou um cereal matinal? Cores artificiais, conservantes, aromatizantes — nomes quase impossíveis de pronunciar. Até então, tudo bem. Afinal, são produtos regulares, vendidos em supermercados, consumidos por crianças e adultos todos os dias. Mas e se, daqui a poucos anos, essas embalagens viessem com um aviso direto, claro e incômodo: “Este produto contém um ingrediente que não é recomendado para consumo humano pela autoridade apropriada na Austrália, Canadá, União Europeia ou Reino Unido?

Isso não é ficção. É a nova realidade que começa em 2027 no Texas . Em uma medida histórica, o governador Greg Abbott assinou o Projeto de Lei SB 25, tornando o estado o primeiro dos EUA a exigir alertas claros sobre aditivos alimentares considerados perigosos por países com rigorosos padrões de segurança. A partir do próximo ano, centenas de produtos terão que mudar suas embalagens — e talvez, a forma como consumidores os enxergam.

Este artigo vai te mostrar quais são os aditivos em questão, por que o Texas tomou essa decisão e o que isso pode significar para o resto do mundo — especialmente para o Brasil , onde muitos desses mesmos ingredientes ainda são liberados sem restrições. Afinal, se outros países dizem “não” a esses compostos, por que continuamos os comendo?

O Texas Está Mudando as Regras do Jogo Alimentar

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A assinatura do governador Greg Abbott no Projeto de Lei SB 25 marcou um antes e depois na regulamentação de alimentos nos Estados Unidos. Pela primeira vez, um estado americano vai exigir que fabricantes informem diretamente aos consumidores quando um produto contém aditivos banidos ou desaconselhados em países como a União Europeia, Canadá, Austrália e Reino Unido. A lei entra em vigor em 2027 e se aplica a 44 substâncias específicas, entre corantes artificiais, conservantes e emulsificantes.

Entre os principais alvos estão o Red 40 (um corante vermelho ligado a hiperatividade em crianças), o BHA (butiltrioxianisol, classificado como possível carcinogênico pela IARC), o dióxido de titânio (proibido na UE desde 2022 por riscos genotóxicos) e óleos parcialmente hidrogenados (fonte de gorduras trans). Esses ingredientes estão presentes em produtos icônicos como Doritos, M&Ms, Gatorade, Froot Loops e vários achocolatados — itens que fazem parte do dia a dia de milhões de pessoas.

O que torna essa lei tão impactante é o tom do alerta . Não é um aviso técnico ou burocrático. É uma frase direta, em linguagem clara, que desafia a confiança do consumidor. Imagine um pai ou mãe lendo isso na caixa do cereal da criança. A percepção muda na hora. E com ela, o comportamento de compra. Especialistas acreditam que essa medida pode forçar as grandes marcas a reformularem seus produtos — não apenas no Texas , mas em todo o território americano, para evitar embalagens diferentes por estado.

Além disso, a lei é um sinal de que o poder está voltando para o consumidor. Em vez de depender apenas de órgãos reguladores, as pessoas poderão tomar decisões informadas com base em evidências globais. O Texas , conhecido por políticas conservadoras, surpreendeu ao liderar uma iniciativa de saúde pública tão ousada. E o efeito dominó já está sendo sentido: outros estados, como a Califórnia e Nova York, estudam leis semelhantes.

Quais São os Aditivos Sob Ameaça e Por Que Eles São Perigosos?

Os 44 aditivos listados no SB 25 não foram escolhidos ao acaso. Cada um tem uma trajetória de controvérsia científica e restrição internacional. O dióxido de titânio , por exemplo, era usado como agente de clareamento em doces, chicletes e pães. Na França, seu uso foi banido em 2020; na UE, seguiu o mesmo caminho em 2022, após estudos apontarem risco de danos ao DNA. Mesmo assim, ainda é liberado nos EUA e no Brasil .

O BHA é outro caso emblemático. Usado para prolongar a vida útil de alimentos gordurosos, como salgadinhos e biscoitos, é classificado como “possível carcinogênico para humanos” pelo Programa Nacional de Toxicologia dos EUA. Países como o Canadá e a Austrália já o restringem. No Texas , em breve, ele terá que vir com um alerta claro: “não recomendado para consumo humano”.

Já o Red 40 , um dos corantes artificiais mais usados no mundo, é associado a comportamentos hiperativos em crianças, especialmente em quem tem TDAH. A UE exige rótulos de advertência desde 2010. Agora, o Texas seguirá o mesmo caminho — e pode acelerar uma mudança global. Grandes empresas, como a Mars (dona do M&M’s) e a Kellogg’s, já reformularam produtos na Europa. Será que farão o mesmo nos EUA?

A lei também atinge óleos parcialmente hidrogenados , fonte de gorduras trans, relacionadas a doenças cardíacas. A OMS recomenda sua eliminação global — e muitos países já cumpriram. Nos EUA, a FDA proibiu seu uso em 2018, mas exceções ainda existem. O Texas está fechando essa brecha com uma exigência clara: se o ingrediente é rejeitado no resto do mundo, o consumidor tem o direito de saber.

E o Brasil , Quando Vai Exigir Alertas como o Texas ?

Enquanto o Texas avança na proteção do consumidor, o Brasil ainda permite todos esses aditivos sem qualquer aviso. O Red 40, o BHA, o dióxido de titânio — todos estão presentes em alimentos infantis, refrigerantes e produtos ultraprocessados vendidos livremente nas prateleiras. A Anvisa, embora tenha feito avaliações, mantém essas substâncias na lista de ingredientes autorizados, muitas vezes com base em estudos antigos ou pressão da indústria.

Mas há esperança. Em 2023, a Anvisa abriu uma consulta pública sobre corantes artificiais e seus efeitos em crianças. Movimentos de saúde pública, como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e a Sociedade Brasileira de Pediatria, já pedem rótulos de advertência semelhantes aos da UE e, agora, do Texas . A pressão social pode ser o próximo passo.

Afinal, se um estado americano pode exigir alertas sobre comida proibida em outros países, por que o Brasil não faria o mesmo? Não se trata de proibir tudo, mas de informar. O direito de saber o que colocamos no corpo — especialmente quando se trata de crianças — é fundamental.

Você se sentiria confortável dando um doce com “alerta de risco” para seu filho?

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Porque ninguém deveria precisar de um diploma em química para entender se pode ou não comer o que compra.

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