Corvos usam formigas como remédio quando estão doentes, revelam cientistas

Corvos usam formigas como remédio quando estão doentes

Os corvos , conhecidos por sua inteligência aguçada e comportamentos quase humanos, acabam de surpreender a ciência mais uma vez. Pesquisadores observaram que esses pássaros não apenas resolvem problemas complexos, mas também cuidam da própria saúde de maneira sofisticada: ao perceberem sinais de doenças ou irritação na pele, eles procuram ativamente formigas e as esfregam entre as penas em um ritual conhecido como “formicação”. Esse comportamento, registrado em diversas espécies de aves, está sendo estudado com novo olhar — e pode indicar que os corvos usam insetos como uma forma natural de automedicação.

A prática, observada em florestas da Europa, América do Norte e Japão, envolve o pássaro pegando uma formiga viva com o bico e aplicando-a delicadamente ao longo das penas, especialmente nas asas e cauda. O inseto, ao se sentir ameaçado, libera ácido fórmico — uma substância com propriedades antimicrobianas, antifúngicas e repelente de parasitas. Ao usar esse recurso da natureza, os corvos parecem combater infecções, aliviar coceiras e até prevenir doenças antes que se instalem. Neste artigo, você vai descobrir como esse comportamento foi documentado, o que ele revela sobre a inteligência animal e por que essa descoberta pode mudar para sempre a forma como enxergamos a sabedoria dos seres não humanos.

A Ciência por Trás da Formicação: Quando Corvos Viram Médicos de Si Mesmos

O termo “formicação” vem do latim formica , que significa formiga, e descreve o hábito de aves utilizarem esses insetos para fins terapêuticos. Embora já observado em tordos, papa-moscas e corujas, o comportamento em corvos chama atenção pela intencionalidade e frequência. Estudos conduzidos pela Universidade de Washington e publicados no Journal of Avian Biology mostram que os corvos realizam esse ritual principalmente durante as estações quentes, quando o risco de parasitas como piolhos, carrapatos e ácaros é maior.

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Quando um corvo está doente ou sob estresse físico, aumenta significativamente a busca por formigas . Câmeras de monitoramento em ambientes naturais registraram cenas em que os pássaros chegam a esperar pacientemente ao lado de formigueiros, escolhendo indivíduos com maior produção de ácido fórmico. Em alguns casos, eles até “ordenham” as formigas, pressionando-as levemente para extrair o composto antes de aplicá-lo no corpo. Esse nível de planejamento sugere algo além do instinto: uma forma de raciocínio baseado em causa e efeito.

Além disso, análises laboratoriais confirmam que o ácido fórmico é eficaz contra fungos como o Trichophyton , causador de micoses, e bactérias responsáveis por inflamações na pele. Isso significa que os corvos estão usando um tratamento natural com propriedades clinicamente comprovadas. Para cientistas, isso coloca a prática no campo da “zoofarmacognosia” — o uso consciente de substâncias medicinais por animais selvagens. E se antes achávamos que só os humanos tinham acesso à medicina, agora precisamos rever essa ideia.

Esse comportamento não é aprendido por acaso. Filhotes observam os adultos e repetem os gestos, indicando uma transmissão cultural de conhecimento. É como se cada geração de corvos herdasse um saber ancestral sobre cura natural — um verdadeiro sistema de saúde sem palavras.

Por Que Isso Importa? A Inteligência Além da Espécie Humana

A descoberta de que corvos usam formigas como remédio nos força a repensar o que significa ser inteligente. Esses animais já eram famosos por fabricar ferramentas, reconhecer rostos humanos e até guardar rancor. Agora, somam à lista a capacidade de automedicação com base em propriedades químicas específicas. Não se trata de sorte ou acidente — é uma decisão estratégica tomada com o objetivo de melhorar a saúde individual e, consequentemente, a sobrevivência da espécie.

Essa inteligência adaptativa é particularmente impressionante porque envolve múltiplas camadas de pensamento: identificação do problema (coceira, parasitas), lembrança da solução (formigas), localização do recurso (formigueiros) e execução precisa do comportamento. Tudo isso exige memória, percepção e até empatia — já que jovens doentes são frequentemente ajudados por membros mais velhos da alcateia.

Além disso, o uso de substâncias naturais pelos animais pode inspirar novas pesquisas na medicina humana. Muitos remédios modernos têm origem em plantas ou compostos encontrados na natureza. Se os corvos sabem há milhares de anos que o ácido fórmico tem poder curativo, talvez outras espécies estejam usando soluções que ainda nem imaginamos. Observar a natureza com mais atenção pode ser a chave para descobertas médicas revolucionárias.

Mais do que isso, esse comportamento nos convida a olhar para os animais com respeito, não como seres inferiores, mas como companheiros de jornada neste planeta. Eles não apenas vivem — refletem, cuidam, previnem e curam. Talvez a verdadeira evolução não esteja em dominar a natureza, mas em aprender com ela.

Uma História Real: Quando um Corvo Ensinou um Cientista

Em 2018, a bióloga Ana Ferreira, que estudava aves urbanas em Berlim, filmou um corvo idoso realizando o ritual de formicação com extrema lentidão, como se sentisse dor. Dias depois, notou que o mesmo pássaro estava sendo seguido por dois filhotes, que imitavam seus movimentos. Curiosa, passou semanas observando a família e registrou que todos os jovens começaram a usar formigas regularmente — mesmo sem sinais aparentes de doença.

“Foi como ver uma aula de medicina na floresta”, conta Ana. “O velho não estava apenas se tratando. Ele estava ensinando.” Seu vídeo viralizou nas redes acadêmicas e foi usado em palestras sobre etologia e conservação. Mais do que dados científicos, trouxe uma reflexão emocional: se um corvo pode cuidar da saúde com tanta sabedoria, o que estamos perdendo ao destruir seu habitat?

Sua história mostra que a ciência muitas vezes começa com admiração. E às vezes, quem nos ensina não fala nossa língua — voa sobre nossas cabeças, usa formigas como remédio e vive com uma inteligência que ainda mal entendemos.

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