
Você sabia que dormir demais pode trazer riscos à saúde semelhantes aos do cigarro? Isso mesmo. Estudos científicos, incluindo pesquisas conduzidas pela NASA e por universidades renomadas, apontam que dormir mais do que o recomendado está ligado a uma série de problemas cardiovasculares, metabólicos e até mentais.
Muitos acreditam que descansar muito é sinal de cuidado com a saúde — mas a realidade pode ser bem diferente. A ciência vem alertando há anos que dormir demais pode estar relacionado a maior risco de doenças crônicas, baixa produtividade e até mortalidade precoce.
Neste artigo, vamos explorar os impactos do sono excessivo , entender por que ele pode ser tão perigoso quanto fumar e como você pode encontrar um equilíbrio saudável entre descanso e atividade diária.
O que dizem os estudos sobre dormir demais?
A NASA, em parceria com centros médicos americanos, já realizou diversas pesquisas sobre padrões de sono em ambientes extremos — como missões espaciais. Esses estudos revelaram que tanto a falta quanto o excesso de sono afetam negativamente o desempenho cognitivo, o humor e a saúde física.
Um relatório publicado no Journal of the American Heart Association mostrou que pessoas que dormem mais de 9 horas por noite têm:
🔹 30% mais risco de desenvolver doenças cardíacas
🔹 27% mais chances de sofrer um derrame
🔹 Aumento significativo na probabilidade de obesidade e diabetes tipo 2
Além disso, pesquisadores da Universidade de Harvard encontraram associação entre dormir demais e aumento de marcadores inflamatórios no sangue — algo também observado em fumantes.
Como o excesso de sono prejudica o corpo?
O problema do dormir demais não está apenas na quantidade, mas nos efeitos que isso causa no organismo. Quando ficamos muito tempo em repouso, nosso corpo entra em um estado de “hipoatividade”, o que pode levar a:
🔹 Redução do metabolismo : o corpo reduz o consumo de energia e passa a acumular gordura;
🔹 Piora na circulação sanguínea : longos períodos de imobilidade aumentam o risco de coágulos e trombose;
🔹 Desregulação hormonal : hormônios como a melatonina e o cortisol ficam desbalanceados, prejudicando o humor e o sono noturno;
🔹 Impacto na saúde mental : depressão, ansiedade e cansaço constante são mais comuns em quem dorme além do necessário.
Portanto, dormir demais não é apenas um hábito estranho — pode ser um indicador de problemas subjacentes ou até um gatilho para doenças graves.
Qual a quantidade ideal de sono?
Segundo a Sociedade Brasileira do Sono e a Organização Mundial da Saúde (OMS), adultos devem dormir entre 7 e 9 horas por noite para manter uma saúde equilibrada.
No entanto, cada pessoa tem necessidades diferentes. Fatores como idade, estilo de vida, estresse e condições médicas influenciam diretamente na qualidade e quantidade de sono necessário.
Por isso, se você acorda cansado mesmo após 10 ou 12 horas de cama, talvez seja hora de rever seus hábitos — e não aumentar ainda mais o tempo de descanso.
Dormir demais e os riscos cardiovasculares
Uma das descobertas mais preocupantes sobre dormir demais é sua relação com doenças do coração. Pesquisas mostram que o excesso de sono pode:
🔹 Aumentar a pressão arterial
🔹 Elevar os níveis de colesterol ruim
🔹 Reduzir a capacidade respiratória
🔹 Favorecer o endurecimento das artérias
Estudos feitos com milhares de voluntários na USP e em Harvard demonstraram que o excesso de sono noturno age de forma semelhante ao sedentarismo prolongado — causando danos reais ao sistema cardiovascular.
Isso explica por que especialistas alertam que dormir demais pode ser tão ou mais perigoso do que dormir pouco — especialmente quando se trata da saúde do coração.
Efeitos do dormir demais na mente
Além dos malefícios físicos, dormir demais também prejudica a saúde mental. Pessoas que costumam dormir mais de 9 horas por dia relatam com maior frequência:
🔹 Sensação de cansaço persistente
🔹 Dificuldade de concentração
🔹 Baixa motivação e disposição
🔹 Sintomas de depressão e isolamento
Isso acontece porque o cérebro humano se ajusta a ciclos de sono regulares. Quando esse ritmo é alterado, ocorrem distúrbios no funcionamento do córtex pré-frontal e na produção de neurotransmissores como a serotonina e a dopamina.
Portanto, dormir demais pode deixar você mais cansado — e até pior emocionalmente — do que antes.
Por que dormimos demais? Causas e sinais de alerta
Várias razões podem levar alguém a dormir demais , entre elas:
🔹 Depressão e transtornos do humor
🔹 Distúrbios do sono, como hipersonia e narcolepsia
🔹 Uso de medicamentos sedativos
🔹 Excesso de estresse ou burnout
🔹 Má qualidade do sono noturno
Se você percebe que precisa dormir mais do que 9 horas e ainda assim acorda cansado, talvez haja um problema por trás — e não apenas falta de sono.
É importante consultar um médico ou um especialista em sono para investigar possíveis causas subjacentes.
Como evitar os riscos do dormir demais?

Felizmente, é possível corrigir padrões de sono e viver com mais energia e saúde. Algumas estratégias simples podem ajudar:
🔹 Manter horário fixo para dormir e acordar
🔹 Evitar telas antes de dormir
🔹 Expor-se à luz natural pela manhã
🔹 Fazer exercícios regularmente, mas não antes de dormir
🔹 Revisar medicamentos com efeito sedativo com um médico
Além disso, é essencial entender que dormir demais muitas vezes é um sintoma — e não a causa — de um problema maior, como estresse ou depressão.
Dormir demais e o ciclo do sono: entenda a conexão
O sono humano segue um ciclo conhecido como ritmo circadiano , regulado pela exposição à luz e pelo relógio biológico interno. Quando esse ciclo é desregulado — seja por dormir demais, seja por dormir tarde — o corpo sofre consequências.
Quem dorme demais frequentemente acorda durante um ciclo profundo de sono, o que causa a chamada “confusão do despertar” — aquele sentimento de zonzeira e dificuldade de foco logo pela manhã.
Além disso, dormir muito pode interferir na produção de melatonina, afetando não só o descanso noturno, mas também a disposição do dia seguinte.
Conclusão: Dormir demais pode ser um sinal de alerta silencioso
A ideia de que dormir demais é sinônimo de descanso completo é um mito. Na verdade, exagerar nas horas de sono pode ser tão ou mais perigoso do que dormir pouco.
Como vimos, dormir demais está ligado a sérios riscos à saúde, desde doenças cardiovasculares até impactos psicológicos importantes. Além disso, pode ser um sinal de alerta de condições médicas subclínicas, como depressão, síndrome da apneia ou distúrbios do sono.
Portanto, é fundamental buscar equilíbrio. Se você costuma dormir mais do que o recomendado e sente cansaço mesmo assim, é hora de olhar com atenção para seus hábitos — e, se preciso, procurar ajuda profissional.
Cuide do seu sono como cuida da sua saúde! 🌙💤
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Escritor e pesquisador apaixonado por desvendar os mistérios do mundo, sempre em busca de curiosidades fascinantes, descobertas científicas inovadoras e os avanços mais impressionantes da tecnologia.