Núcleo da Terra abriga 99% do ouro do planeta

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Você sabia que sob os nossos pés, escondido em um dos lugares mais inacessíveis do planeta, existe uma verdadeira fortuna? O núcleo da Terra , localizado cerca de 2.900 km abaixo da superfície, abriga aproximadamente 99% de todo o ouro existente no nosso planeta . E o mais surpreendente: parte desse ouro não está parada. Estudos recentes indicam que ele está lentamente subindo em direção à crosta terrestre. Isso pode mudar para sempre nossa compreensão sobre os recursos minerais e até mesmo sobre a economia global.

Mas, afinal, como é possível saber disso? Como podemos estudar algo tão distante e extremo? Vamos explorar juntos essa fascinante descoberta científica, entender por que o núcleo da Terra desacelera , quais são suas características e o que tudo isso significa para nós, humanos.

O que é o núcleo da Terra?

O núcleo da Terra é a camada mais interna do nosso planeta. Ele é dividido em duas partes principais:

  • Núcleo externo : líquido, composto principalmente por ferro e níquel.
  • Núcleo interno : sólido, com cerca de 1.220 km de raio.

Apesar de estarmos falando de algo tão distante, os cientistas já conseguiram mapear muitas de suas propriedades graças ao uso de ondas sísmicas geradas por terremotos. Essas ondas atravessam o interior da Terra e permitem inferir informações sobre sua composição e estrutura.

Curiosidade:

Imagens do núcleo da Terra são simuladas através de modelos computacionais e dados sismográficos, já que é impossível alcançá-lo diretamente.

Qual é a temperatura do núcleo da Terra?

Se você pensou que o centro da Terra é quente, acertou — e muito! A temperatura do núcleo da Terra chega a impressionantes 5.700°C , algo próximo à temperatura na superfície do Sol.

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Essa imensa quantidade de calor é mantida por dois fatores principais:

  • O calor residual da formação do planeta há 4,5 bilhões de anos.
  • A constante liberação de energia pelo decaimento radioativo de elementos como urânio e tório.

Mesmo com essa temperatura elevadíssima, o núcleo interno permanece sólido devido à pressão extrema exercida pelas camadas superiores do planeta.

Como é o núcleo da Terra?

A estrutura do núcleo é extremamente complexa e dinâmica. Enquanto o núcleo externo é fluído e metálico, responsável pela geração do campo magnético terrestre, o núcleo interno apresenta uma estrutura cristalina, com átomos organizados em padrões altamente ordenados.

Além disso, pesquisas recentes sugerem que o núcleo interno pode estar girando ligeiramente mais rápido que o restante do planeta — mas esse movimento não é constante. Em 2023, estudos apontaram que o núcleo da Terra desacelera , o que levantou novas questões sobre o funcionamento interno do nosso planeta.

Ouro no núcleo da Terra: por que está lá?

Na formação primitiva da Terra, os metais pesados, como ouro, tendiam a migrar para o centro do planeta devido à gravidade. Por isso, a grande maioria do ouro do planeta está concentrada no núcleo da Terra .

No entanto, isso levanta uma dúvida intrigante: se quase todo o ouro deveria estar lá embaixo, por que ainda encontramos ouro na crosta terrestre?

A resposta está nos meteoritos. Segundo pesquisas publicadas na revista Nature , boa parte do ouro que hoje extraímos da crosta chegou aqui por meio de colisões cósmicas, há bilhões de anos. Ou seja, o ouro que usamos em joias, tecnologia e até em moedas é, literalmente, extraterrestre!

Parte do ouro do núcleo está subindo para a superfície?

Sim! Apesar de parecer improvável, estudos mostram que parte do ouro do núcleo da Terra está migrando lentamente para cima , embora em escala geológica — ou seja, levará milhões de anos para termos algum impacto visível.

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Esse movimento ocorre por meio de processos vulcânicos e atividades tectônicas profundas. Magma quente sobe do manto inferior, carregando consigo traços de elementos pesados do núcleo, incluindo ouro.

Isso significa que, teoricamente, no futuro distante, poderemos encontrar mais ouro em regiões onde há atividade magmática intensa — como zonas de subducção e pontos quentes vulcânicos.

Impacto econômico e ambiental dessa descoberta

Se eventualmente o ouro começasse a surgir mais facilmente na crosta terrestre, isso poderia ter grandes implicações:

  • Redução do valor do ouro : quanto mais disponível, menor seu valor de mercado.
  • Mudança nas indústrias mineradoras : seria necessário reavaliar onde e como extrair o ouro.
  • Impacto ambiental reduzido : menos mineração profunda significaria menor degradação ambiental.

Porém, essas mudanças estão longe de serem realistas no curto prazo. Hoje, a exploração do ouro depende de técnicas sofisticadas e custosas, além de causar grandes impactos ambientais.

Entenda melhor: fatos surpreendentes sobre o núcleo da Terra

núcleo da terra
  • O núcleo da Terra tem quase o mesmo tamanho da Lua.
  • Seu campo magnético protege a vida na Terra contra partículas solares mortais.
  • O núcleo interno cresce cerca de 1 mm por ano.
  • Cientistas estimam que o núcleo tenha cerca de 80% de ferro e 20% de níquel.
  • A pressão no núcleo é de aproximadamente 3,6 milhões de vezes a pressão atmosférica na superfície.

Imagens do núcleo da Terra: como são feitas?

Como não podemos ver o núcleo diretamente, as chamadas imagens do núcleo da Terra são criadas com base em dados sísmicos e simulações computacionais avançadas. Equipamentos de alta precisão registram como as ondas sísmicas se comportam ao atravessar diferentes materiais dentro do planeta.

Instituições como a USP, a NASA e centros de pesquisa europeus utilizam essas informações para criar modelos tridimensionais que ajudam a entender melhor a dinâmica interna da Terra.

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Conclusão: o núcleo da Terra e o futuro do ouro

Em resumo, o núcleo da Terra não apenas abriga a maior parte do ouro do planeta, como também continua sendo um dos maiores mistérios da ciência moderna. Sua dinâmica interna, combinada com forças tectônicas e vulcânicas, permite que parte desse ouro comece a subir em direção à superfície.

Essa descoberta não apenas amplia nosso conhecimento geológico, mas também abre espaço para reflexões sobre os recursos naturais e o futuro da humanidade. Com avanços tecnológicos, talvez um dia possamos acessar esses depósitos profundos sem causar danos ambientais irreparáveis.

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